Magia Elemental

Extraído do Livro Magia Elemental

 

 

1.1 UMA BREVE HISTÓRIA DA MAGIA

 

Os conceitos de Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre estiveram ligados à Humanidade ao longo da história. As doutrinas esotéricas não eram motivo de estudos de ignorantes, supersticiosos e medrosos, como quer que se acredite e aceite na atualidade, mas por uma “nobreza”que tem mantido a chama de um Conhecimento Superior. É essa mesma Tocha do supremo conhecimento espiritual a que sempre foi barreira contra a ignorância, as trevas, o caos, a intolerância.

A própria definição de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade.  Do persa Magh, que significa Sábio, essa palavra originou outras, como Magister, Magistério e Magnum. Portanto, Magia vem significar, basicamente, a sabedoria de todo o conhecimento que capacita o homem a desvendar e dominar o Universo, a Natureza e a si próprio. Outro termo para Magia é a aplicação da Consciência e da Vontade sobre todas as forças da Natureza, não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da esfera de nossos cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da vontade sobre as diversas manifestações da vida. É a Ciência Total...

 

1.1.1 Origens Fantásticas da Magia

 

Em seu livro apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de muitos ramos do conhecimento:

 

“Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, aconteceu que lhes nasceram filhas elegantes e belas.

E quando os Anjos, os Filhos dos Céus, as viram, ficaram apaixonados por elas...

E escolheram cada qual uma mulher; e delas se aproximaram e coabitaram com elas; e lhes ensinaram a feitiçaria, os encantamentos e as propriedades das raízes e das árvores.”

 

E continua Enoch, afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante Conhecimento, ensinaram a arte de resolver os sortilégios, observar as estrelas, os caracteres mágicos, os movimentos da Lua, a arte de interpretar os signos, confeccionar talismãs etc. (Vide Livro de Enoch, cap. 8). Que época é essa, citada por Enoch?

Em sua portentosa obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar de uma legendária e poderosa civilização, a atlante, da boca de seu avô Crisitos, o qual ouvira do próprio Sólon ensinamentos dados a ele por sacerdotes-magos do templo egípcio de Saís. Segundo nos repassa Platão, essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete gigantescas ilhas que ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano Atlântico. Para o sábio discípulo de Sócrates, a origem de todo o conhecimento espiritual e mágico foi atlante.

Numa passagem do Timeu, lê-se:

 

“Os atlantes eram uma raça de Deuses que degenerou da sua origem celeste porque se aliou freqüentemente com as filhas dos mortais; por isso, Júpiter os puniu, destruindo o país em que habitavam.”

 

Ou seja, a origem de todo conhecimento remonta à Atlântida, aos arcaicos períodos de nossa história, em nada aceitos pela ciência materialista de hoje. Temos como fiéis depositários dos atlantes os egípcios(os quais, por meio dos gregos e depois dos árabes, foram a base de toda a magia ocidental). Temos também como filhos dessa tradição esotérica atlante os indianos e chineses, pelo lado oriental, e os maias, incas e astecas, nas Américas. Estudando-se as raízes lingüísticas de muitos povos que oficialmente nada têm em comum, percebemos muitas palavras semelhantes, senão, idênticas. Temos como exemplo o maia e o chinês mandarim, onde foram achadas mais de cinqüenta palavras de pronúncia e significado idênticos.

 

1.1.2 A Magia no Oriente

 

O Yoga indiano e suas sete modalidades e as artes marciais têm algo em comum, que é atlante. Eram considerados como disciplinas que permitiam dominar o corpo físico e seus canais de energia para um pleno reconhecimento e manipulação da Alma.

Os sete Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos mentais), Mantra (palavras de poder), Bhakti (devoção e serenidade), Jnana (conhecimento superior- gnose), Karma (direitos e deveres sociais e morais) e Tantra (o mais elevado de todos). O termo Yoga é o mesmo que religião, religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o humano e o divino, em todos os seus aspectos.

Quanto às tradições marciais, sabe-se que elas foram recompiladas e reorganizadas por Bodydharma, um dos principais discípulos de Buda, que “evangelizou” a China. O Kung-fu, que originou as múltiplas técnicas marciais, tinha como finalidade dominar e movimentar as energias interiores e elementais, além, é claro, da mera defesa pessoal. Segundo certas tradições, algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma, foram: os caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há mais de 360 caminhos no kung-fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras das culturas americanas, como veremos logo em seguida.

Além disso tudo, vemos a magia e o conhecimento esotérico inseridos em outros ciclos, encabeçados por Fo-Hi e Lao-Tzu na China, Son-Mon e o Xintoismo no Japão, Kumbu na Tailândia e Camboja, o Xamanismo original ao norte da Ásia e o Budismo tântrico tibetano de Marpa, Tsong-Kapa, Milarepa e outros.

 

1.1.3 A Magia nas Américas

 

Os astecas, incas e maias são as culturas que mais se expandiram nas Américas. Diz-se que foram colônias atlantes e por isso eram possuidores de altíssimo e complexo domínio da matemática, astronomia, religião e agricultura. Ainda hoje suas ordens esotéricas são um mistério. Quase todos seus escritos, estátuas sagradas e mesmo seus templos e sábios, foram destruídos pelos ávidos conquistadores europeus.

Vemos algumas Ordens monástico-militares que se dedicaram ao pleno desenvolvimento das artes mágicas e de todos os poderes humanos e divinos. Entre os astecas e maias, temos os Cavaleiros Tigres e os Cavaleiros Águias (cujo lema mágico era “Nós nos Dominamos”) e entre os incas sabemos da presença dos sagrados Cavaleiros Condores. Esses sacerdotes índios nos legaram práticas misteriosas e fantásticas, tais como a Magia Elemental, o Nagualismo (estudaremos esse tema mais adiante), o domínio da psicologia interior etc.

As tradições orientais e americanas são muito complexas e de difícil compreensão e aprendizagem. Não obstante, os princípios de suas Ciências Mágicas eram os mesmos, somente o modo de expressá-los é que difere.

1.1.4 Plantas de Poder

 

Esse é um tema bastante espinhoso, dadas as suas implicações legais e morais nos dias de hoje, além da espantosa proliferação e mau uso, pela juventude, de alguns produtos sintetizados. Sob circunstâncias rigorosamente controladas, os Magos de todo o mundo, principalmente americanos, aceleravam o desenvolvimento dos poderes paranormais de seus discípulos, afim de fazê-los reconhecer o Mundo Oculto. Essas Plantas de Poder têm a capacidade de alterar o sistema endócrino, ativando assim todos os Chacras da Anatomia Oculta do Homem, despertando seus sentidos paranormais.

Certas ervas, raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder elemental e bioquímico capazes de mostrar um mundo totalmente novo aos olhos de nossa Consciência. Esse foi um legado da Magia primitiva, infelizmente adulterado na atualidade.

 

1.1.5 A Magia no Ocidente

 

Um dos maiores depositários da sabedoria egípcio-atlante foi certamente Hermes Trismegisto. Certas tradições gnósticas dizem que Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o próprio Hermes eram o mesmo Mestre, o mesmo Ser. Atribui-se a Enoch a criação dos alfabetos egípcio e hebraico, A Tábua de Esmeralda e a organização e codificação da Alquimia. Foi o fiel depositário da tradição espiritual no Tarô e na Cabala (Torá), além de ser o organizador dos Axiomas Herméticos.

Os egípcios conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as religiões dos hebreus, gregos, romanos e árabes. Com a posterior decadência, o Egito entregou seu conhecimento às correntes esotéricas dos árabes, denominadas de Sufismo. A expansão do Islamismo por todo o oriente, norte da África e depois península ibérica, leva a uma revalorização o exoterismo europeu.

A maioria dos sábios e exotéricas na Europa beberam da fonte sufi: os Templários, Cátaros, Rosacruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger Bacon, Francisco de Assis, São Malaquias, Paracelso, Arnaldo de Villanueva, etc.

 

1.1.6 Os Alquimistas

 

Após sucessivas infiltrações e conquistas árabes na Europa e graças às Cruzadas, a sabedoria esotérica terminou por influenciar uma série de pensadores e movimentos místicos. Temos a influência súfi, não só na península ibérica, como também na França, Inglaterra e em certa medida nas terras germânicas e nos Estados da península itálica.

Uma grande influência súfi na Europa foi trazida pela tribo nômade dos Annás (ou A’nz). Tendo como seu estandarte um bode, os místicos dos Annás entregaram seus símbolos aos Templários, além de muitos princípios herméticos que remontam aos períodos dos caldeus. A palavra caldéia Anãs significa Água; Anás, portanto, quer dizer “ Guardiães das Águas” (da Vida).

Os conceitos alquímicos de Elixir da Longa Vida, Pedra Filosofal, Pedra Cúbica, Cornucópia da Abundância etc., vêm das escolas de Mistérios árabes, as quais absorveram, como já dissemos, muito da tradição egípcia. A finalidade do Alquimista era produzir o melhor ouro transmutado do chumbo. Os processos secretos para a obtenção do ouro alquímico eram extremamente complexos. Exigiam disciplina, rigor no método e acima de tudo pureza moral e espiritual.

Apesar de se conhecer uma série de casos de pesquisadores que realizaram prodígios químicos,  conseguindo ouro realmente físico, a finalidade essencial da tradição alquimista era transmutar o mundo interior do próprio praticante, sua Alma mesmo.

Um bom exemplo de alquimista material (ou Soprador) foi o inglês John Dee. Nascido em 1527, o sr. Dee, graças à sua sensibilidade psíquica, desde cedo se interessou por pesquisar velhos manuscritos que conseguia encontrar em bibliotecas, alfarrábios etc. Ele e seu inexcrupuloso amigo Edward Kelley compraram de um velho estalajadeiro um pergaminho escrito em língua galesa antiga que tratava da transmutação de metais. Indagado de sua procedência, Dee soube que o manuscrito surgira da violação do sepulcro de um arcebispo inglês, Dunstan de Cantuária (conhecido até hoje como o padroeiro dos ourives). Ao entrar no túmulo de São Dunstan, Dee e seu amigo descobriram algo interessante não achado pelos anteriores profanadores. Encontraram um par de ânforas, cada qual contendo um estranho pó, um deles de cor vermelha e outro branco, e que eram, segundo o manuscrito em sua posse, ingredientes essenciais à boa execução do magnus opus. Os dois pesquisadores realizaram muitíssimos prodígios com os materiais encontrados, porém a ingenuidade e a ganância os levaram à ruína.

Entretanto, os verdadeiros alquimistas eram transmutadores de Alma, e não de elementos grosseiros, como se crê vulgarmente nos dias de hoje. Temos, a título de ilustração, alguns alquimistas espirituais: Paracelso, Raimundo Lulle, Alberto Magno, Fulcanelli, Nicolas Flamel e sua esposa Perrenelle, Cornélio Agripa, Merlin, Eliphas Lévi, o Abade Trithemius, Al-Ghazali, Samael Aun Weor, D’Espagnet, Rumi etc...

 

1.1.7 Alquimia e Religiões

 

O princípio do autoconhecimento contido na tradição alquímica revela a necessidade de transcendência e autosuperação do homem pelo próprio homem. Isso é claramente visto dentro das religiões. Ou seja, a Alquimia está profundamente inserida no taoísmo, cristianismo, islamismo, budismo, etc.

Tomemos alguns exemplos da simbologia alquimista nos ensinamentos religiosos:

 

 - O primeiro milagre bíblico de Jesus, transformando água em vinho da melhor qualidade, nas Bodas de Canaã (o casamento alquímico);

- Deus flutuando sobre as Águas da Vida e formando o mundo em seis dias e descansando no sétimo (os passos, ou fases, da obtenção da Pedra Filosofal);

- O profeta Zacarias tem a visão de um candelabro de ouro com sete lamparinas acesas pelo azeite que passa pelo interior desse candelabro (processo de transmutação);

- Os três Reis-Magos, guiados pela Estrela, visitam o menino Jesus na manjedoura do estábulo (trabalhos para a obtenção do Menino de Ouro da Alquimia);

- O profeta Moisés (que significa Salvo das Águas) bate com seu Cajado numa Pedra e daí brota água em abundância;

- Davi mata um gigante com uma Pedra;

- Elias traz fogo dos céus e incendeia a carcaça de um bovino;

- Jesus afirma que Pedro é a Pedra fundamental da Igreja que, para os outros(o mundo não iniciado), é rocha de escândalo;

- Todo bom muçulmano tem de visitar Meca e em sua peregrinação deve dar sete voltas em redor da Pedra Negra (Caaba); etc.

 

1.1.8 Os Princípios Religiosos e a Magia

 

Todos temos lido em obras místicas de diversas linhas sobre a abundância da vida criada por Deus. Diversos tratadistas de ocultismo nos relataram suas experiências com entidades conhecidas no âmbito do folclore, das crenças e mitos populares. Vemos em quase todos os povos lindas histórias acerca de fantásticas manifestações da vida. Quem de nós não ouviu uma história que fala de seres que vivem dentro de pedras, árvores, rios, cavernas, lagos, despenhadeiros, rios etc.? Essas formas de vida, chamadas no esoterismo de Elementais, fazem parte ativa de culturas extremamente místicas, como os gauleses e seus Druidas, os tibetanos, os anglos e saxões, os povos pré-colombianos, os chineses, japoneses e outros tantos.

Esses povos conservaram uma visão Panteísta, ou seja, conseguiam intuir a Vida Universal permeando todas e quaisquer formas de manifestação, visível e invisível. Apesar de terem grandes conhecimentos, tais como: matemática, astronomia, engenharia, medicina e complexos sistemas de psicologia, ainda assim gostavam de viver cercados por um ambiente natural e de alta espiritualidade. Penetravam em seus bosques e rendiam culto às suas árvores sagradas; realizavam portentosas procissões, onde ofertavam os primeiros frutos de suas colheitas aos Deuses Santos; oravam profundamente aos Guardiães das cavernas e lagos encantados. Enfim, tinham uma visão do sagrado em todas as coisas, não conseguiam apartar o Divino do cotidiano humano.

Com o passar dessa Idade de Ouro, esse Panteísmo foi se transformando, graças a uma mentalidade cada vez menos intuitiva, dando lugar a um Politeísmo que conseguimos reconhecer em algumas culturas, como a grega, romana, persa etc., as quais afastaram a Divindade de nosso cotidiano, pois Ela passa a residir agora nos céus, nas mais altas montanhas do mundo, no mais profundo dos sete mares, enfim, em todos os lugares inacessíveis à presença do homem.

Entretanto, ainda se percebe, nessas duas formas religiosas uma conexão muito grande entre Deus e a Mãe Natureza. Deus é visto ao mesmo tempo como Pai e Mãe, suas múltiplas manifestações, poderes e virtudes são representados na presença dos Deuses do Olimpo, do Valhalla, do Aztlan: temos então, uma Minerva-Sabedoria, um Balder-Inspiração, uma Vênus-Amor, um Odin-Curador, um Kukulkán-Força etc.

Assim como colocamos uma roupa nova diariamente, conforme nossas necessidades, os princípios religiosos também necessitaram adaptar-se ao nível de Consciência da humanidade. O Politeismo, quando começou a entrar em sua fase decadente, foi caindo num descrédito cada vez maior, como foi o caso da religião romana, com seus Deuses cada vez mais ridicularizados pelos chamados “livres-pensadores”(na verdade, abutres materialistas): teatrólogos, filósofos e escritores.

Antes, porém, de dar seu último suspiro, o Politeismo viu crescerem novas visões da Divindade, não mais manifestada de maneira múltipla, como no caso dos 22 Deuses olímpicos. Começa a aparecer o Monoteismo, com um só Deus supremo, obedecido por um séquito de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins, Profetas, Santos e Beatos.

Essas três formas religiosas que se sucederam umas às outras foram necessárias em seu tempo. Devemos refletir, entretanto, que sempre existiu UMA ÚNICA RELIGIÃO, mais precisamente um princípio mágico, um espírito religioso, que mostrou o Conhecimento (Gnose) necessário para o homem trilhar o Caminho para Deus.

Concordo quando se afirma que a religião do futuro (eternamente presente) é uma forma de Politeísmo Monista, uma espécie de Unidade Múltipla Perfeita, os Vários formando (e sendo) o Uno. E essa Religião não se diferenciará daquilo chamado pelos antigos de MAGIA.

 

1.1.9 O Caminho Dévico

 

Do ponto de vista iniciático, a realização completa e perfeita do trabalho alquímico e mágico pode nos levar a ver três Caminhos de Realização espiritual. Vêm a ser:

 

1. Senda Nirvânica, escolhida por aqueles que trabalham com os mundos paradisíacos dos Budas; é o caminho do Êxtase.

2. Senda Direta, escolhida pelos Mestres que desejam encarnar o Cristo Cósmico e perder-se completamente no Absoluto de Deus.

3. Senda Dévica, ou Caminho Angélico, responsável pela manutenção da Grande Obra da Natureza; a esse Caminho escolheram os Seres que decidiram unir-se à evolução dos anjos e ser discípulos dos grandes Deuses, chamados de Gurus-Devas, os Supremos Construtores. É a esse Caminho que trataremos um pouco mais neste livro.

 

Prática:

 

Sente-se ou deite-se de forma confortável, procurando ficar numa posição imóvel. Relaxe o corpo e solte toda tensão muscular. Sinta a vida que se manifesta em cada parte de seu corpo. Depois de relaxado o corpo, imagine que de várias partes dele se estendem raízes que penetram por muitos quilômetros na terra. Sinta que a terra é o corpo de um ser gigantesco que alimenta e fortalece seu corpo físico com luz, vida, força e alegria de viver.

Enquanto realiza este exercício, sinta que os mais sinceros sentimentos que brotam de seu coração se espalham, auxiliando na cura do planeta. Sinta que é uma troca. Você recebe e dá ao mesmo tempo.